sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A arte bizantina

Arte bizantina


 A arte bizantina, durante mais de um milênio, preservou e transmitiu a cultura clássica grega. Foi uma mistura de influências helênicas, romanas, persas, armênias e de várias outras fontes orientais. Com fases alternadas de crise e esplendor, a arte bizantina se desenvolveu do século V com o desaparecimento do Império Romano do Ocidente.
Quase sempre estreitamente vinculada à religião cristã, teve como objetivo principal exprimir o primado do espiritual sobre o material, da essência sobre a forma, e a elevação mística decorrente dessa proposição. O aspecto grandioso das figuras frontais, vigente nas primeiras obras da arte bizantina, deu lugar a formas que, embora ainda solenes e majestosas, mostravam-se mais vivazes e variadas.
A história da arte bizantina pode ser dividida em cinco períodos:
Período constantiniano: A formação da arte bizantina deu-se no período constantiniano, quando vários elementos se combinaram para dar forma a um estilo bizantino, mais presente nas criações arquitetônicas, já que pouco resta da pintura, da escultura e dos mosaicos da época.
Período justiniano: A primeira idade áurea bizantina foi o período justiniano. Das poucas obras de arte que restam do período, a mais notável é a "cathedra" de Maximiano, em Ravenna, recoberta de placas de marfim com cenas da vida de Cristo e dos santos. Da produção artística que medeia entre a morte de Justiniano I e o início da fase iconoclasta, destaca-se o artesanato em metais. O culto às imagens e às relíquias, por ser considerado idolatria de feição pagã, foi combatido pelos imperadores ditos iconoclastas, nos séculos VII e IX, quando foram destruídos quase todos os conjuntos decorativos e as raras esculturas da primeira idade áurea, principalmente em Constantinopla. Após Justiniano, as artes somente voltaram a florescer durante a dinastia macedoniana, depois de superada a crise iconoclasta.
(Os magníficos mosaicos da igreja de São Vital,
Ravenna, Itália, evidenciam o caráter hierático da arte bizantina.)




Período macedoniano: A segunda fase áurea bizantina, o período macedoniano inicia-se com Basílio I (867-886) e atinge o apogeu no reinado de Constantino VII Porfirogênito (945-959).
Por volta do século X, a decoração das igrejas obedeceu a um esquema hierárquico: cúpulas, absides e partes superiores foram destinadas às figuras celestes (Cristo, a Virgem Maria, os santos etc.); as partes intermediárias, como áreas de sustentação, às cenas da vida de Cristo; e as partes inferiores, à evocação de patriarcas, profetas, apóstolos e mártires. A disposição, colorido e apresentação das diferentes cenas variavam de modo sutil, para criar a ilusão de espaço e transformar em tensão dinâmica a superfície achatada e estática das figuras. Destacam-se, desse período, a escultura em marfim - de que existiram dois centros principais de produção, conhecidos como grupos romano e nicéforo -, o esmalte e o artesanato em metais, que atestam o gosto bizantino pelos materiais belos e ricos. A arte da iluminura atingiu um alto nível com o aparecimento de obras como o Octateuco, do século XII (Topkapi Sarayi, Istambul), que evidenciam a persistência da antiga decoração de cunho naturalista nas figuras de Adão e Eva; as Homilias de São João Crisóstomo (1078-1081, Biblioteca Nacional de Paris); e o Menologion de Basílio II (976-1025, Biblioteca do Vaticano), em que predomina o formalismo oriental. 

 Octateuco

Período comneniano: Marcada por uma independência cada vez maior da tradição, evolui para um formalismo de emoção puramente religiosa, que nos séculos seguintes servirá de modelo à arte bizantina dos Balcãs e da Rússia, que tem nos ícones e na pintura mural suas expressões mais elevadas.
Durante a dinastia dos Paleólogos torna-se evidente o empobrecimento dos materiais, o que determina o predomínio da pintura mural, de técnica mais barata, sobre o mosaico. Podem-se distinguir duas grandes escolas: a de Salonica, que continua a tradição macedoniana e pouco ou nada inova; e a de Constantinopla, iniciada por volta de 1300, mais cheia de vitalidade e originalidade, como se pode verificar pelos mosaicos e afrescos da igreja do Salvador, em Chora.
Estilo ítalo-bizantino: Partes da Itália foram ocupadas pelos bizantinos entre os séculos VI e XI, o que produziu o chamado estilo ítalo-bizantino, desenvolvido em Veneza, Siena, Pisa, Roma e na Itália meridional. A partir do ícone, pintores de gênio, como Duccio e Giotto, lançaram os fundamentos da pintura italiana. A influência bizantina repercutiu ainda em meados do século XIV, sobretudo na obra dos primeiros expoentes da pintura veneziana.



mosaico

Literatura
A literatura bizantina devirou-se da grega, é a que foi escrita em grego durante o período de 300 a 1453, data da queda de Constantinopla. Constantino o Grande fez da igreja cristã a guardiã da tradição cultural greco-romana, e de Constantinopla a metrópole para onde convergiram todas as atividades culturais. Com a decadência dos antigos centros do saber - Roma, Alexandria, Antioquia, Atenas a literatura bizantina adquiriu caráter metropolitano, cortesão e aristocrata, o que explica muitas de suas peculiaridades, como por exemplo o número e a solenidade dos discursos laudatórios ao imperador, considerado representante de Cristo na Terra, e os poemas sobre seus feitos gloriosos. Assim se explica também o uso de formas literárias e linguagem antiquadas, visando preservar não só o modo de falar do Novo Testamento e dos primeiros padres, mas também os modelos gregos do passado.
A mimese (imitação da natureza) tornou-se o princípio básico. O tradicionalismo salvou para a posteridade o melhor da literatura grega antiga. A despeito da incontestável superioridade da literatura bizantina sobre a ocidental do mesmo período, sua influência foi pequena, devido à ruptura nas tradições culturais do Ocidente, provocada pelas conquistas germânicas. Já sobre os povos da Europa oriental, especialmente os eslavos, essa influência se fez sentir claramente.

Teologia


 O florescimento da literatura teológica grega, nos séculos IV e V, deveu-se principalmente à oficialização da religião cristã e às grandes discussões entre professores heréticos, como Ário, Apolinário, Nestório e Êutiques, e os teólogos católicos, como Atanásio, opositor de Ário e criador do modelo para a hagiografia bizantina, com sua vida de santo Antão do Egito; Euzébio de Cesaréia, que escreveu a primeira história eclesiástica; e Leôncio de Bizâncio, o primeiro a introduzir definições aristotélicas na teologia. Contra os iconoclastas insurgiram-se João Damasceno e Teodoro Estudita. O biógrafo Fócio foi o primeiro a estabelecer as diferenças entre as igrejas do Oriente e do Ocidente. O imperador Leão VI o Sábio compôs poemas litúrgicos e homilias. Do século XIII ao último século do império, o combate à igreja do Ocidente monopolizou a atenção da maioria dos teólogos, como o imperador Teodoro II Lascaris, Gregório Palamas e Nilo Cabasilas (ambos do século XIV).


Poesia religiosa

 Os mais antigos exemplares são da autoria de Gregório Nazianzeno, do herético Apolinário de Laodicéia (século IV) e de Sinésio de Cirene (início do século V). O melhor da poesia religiosa bizantina são os hinos litúrgicos, cujo principal cultor foi o sírio Romanos (século VI).

História e outros gêneros
As obras históricas pertencem a dois grupos: as narrativas de acontecimentos contemporâneos ou pré-contemporâneos e as crônicas, breves recapitulações da história do mundo. Desde Constantino o Grande, a história do império era escrita principalmente por gregos: Eunápio, Olimpiodoro, Prisco, Malco e Zózimo, o último historiador pagão. A esse período pertencem também os continuadores da história eclesiástica de Euzébio: Gelásio de Cesaréia, Filipe de Side e Filostórgio. No século VI, a historiografia recebeu grande impulso com Procópio, Agatias, Teófanes de Bizâncio, Menandro, João de Epifanéia e Teofilacto Simocata. Várias obras históricas estão associadas ao nome do imperador Constantino VII Porfirogênito (século X). A história do império durante as quatro primeiras cruzadas foi escrita por Nicéforo Briênio, sua esposa Ana Comnena e João Cínamo; os períodos subseqüentes foram narrados por Jorge Acropolita (século XIII), Jorge Pachimeres, Nicéforo Gregoras e o imperador João VI Cantacuzeno. As lutas entre o império bizantino e o nascente poder dos turcos otomanos foram descritas por três historiadores: Laônico Calcocondiles, Ducas e Jorge Sfrantzes.As crônicas bizantinas, que reconstituem antigas obras perdidas, embora de pouco valor literário, são interessantes do ponto de vista lingüístico. Ao contrário das obras históricas, foram amplamente divulgadas, tanto no Ocidente quanto no Oriente. A mais antiga crônica da história universal é a de João Málagas (século VI). No século VII foi concluída a Chronicon Pascale. No fim do século VIII, Jorge o Sincero compilou uma crônica que começa com a criação do mundo e vai até o ano 284; foi continuada por Teófanes Confessor até 813. A crônica de João Scylitzes cobre o período de 811 a 1057. O florescimento da literatura no século XII refletiu-se na crônica: é dessa época a grande crônica universal de João Zonaras. Os estudos filosóficos do período bizantino, apesar dos esforços de Miguel Pselo, estiveram sempre sob a tutela da teologia.
Poesia secular

Há várias obras comparáveis aos poemas épicos da época alexandrina. No século VII, Jorge o Pisidiano descreveu as guerras do imperador Heráclio. Mais tarde, Teodósio (século X) imortalizou a tomada de Creta pelo imperador Nicéforo Focas. A forma dominante da poesia subjetiva desse período -- o epigrama - atingiu sua melhor fase nos séculos X e XI com as obras de João Geometres, Cristóvão de Mitilene e João Mauropo. Do século XII são as poesias de Teodoro Pródromo. Nos períodos subseqüentes surgiram composições eróticas, épicas, históricas, lendárias e também romances em verso no estilo ocidental.


Música
O canto litúrgico da igreja bizantina foi composto até o século XVI, mas em alguns mosteiros sobreviveu até o século XX. A maioria dos manuscritos preservados data dos séculos X ao XIX; existem alguns documentos dos séculos VII e IX. Em função dos dados obtidos pelos historiadores, supõe-se que as composições de caráter profano tenham sido freqüentes na Constantinopla medieval. No entanto, os únicos textos musicais bizantinos que conhecemos atualmente fazem parte dos rituais eclesiásticos cristãos, tanto orientais como ocidentais. O canto bizantino originou-se da liturgia sírio-palestina, herdeira das práticas musicais das sinagogas judaicas, não tendo, portanto, nenhuma vinculação com a música grega clássica. O mais antigo exemplo de música bizantina é o hino de Oxirrinco à Trindade, do século III. Há um grande número de formas melódicas, divididas em oito modos (Echos). Costumava-se cantar, em ciclos de oito semanas, um repertório de hinos em todos os modos, um para cada semana.Nos primeiros manuscritos musicais (século IX), a notação guiava os cantores de forma aproximada. Os sinais indicavam a ascensão ou descenso da melodia, fixavam as nuanças rítmicas e mostravam quais sons deviam ser acentuados, prolongados ou abreviados. Com a introdução de novos hinos, no século XI, alguns sinais foram acrescentados ou passaram a ser interpretados de maneira diferente. Entre os séculos XIII e XIV, foi aperfeiçoada a notação dos intervalos e grupos de notas.
Hinos
A mais antiga forma de hino é o troparion, estrofe curta inserida nos versos de um salmo.  Antimo e Tímocles foram os primeiros compositores de hinos. No século VI, Sofrônio, patriarca de Jerusalém (634-638), compôs dois ciclos. Nesse mesmo século, surgiu o kontakion, homilia poética que teve como maior cultor o sírio Romanos, autor do hino Akathistos para a festa da Anunciação. No final do século VII apareceu uma nova forma, o cânon, que, embora poeticamente inferior ao kontakion, alcançou tal perfeição que ainda hoje desempenha importante papel na liturgia. Os primeiros autores de cânon, André de Creta, João Damasceno e Cosmas de Jerusalém, vieram dos mosteiros de Jerusalém. Outros compositores dos séculos VIII e IX vieram do mosteiro Studios, de Constantinopla. Com a fundação, por são Nilo, do mosteiro de Grottaferrata, perto de Roma, o cânon floresceu por mais um século no sul da Itália e na Sicília.




Arquitetura
Na arquitetura bizantina, influências do mundo helênico, de um lado, e do oriental, de outro, produziram um estilo próprio, vigoroso e inconfundível. Como poucos edifícios seculares chegaram até os tempos modernos, o estudo da arquitetura bizantina fica praticamente restrito às construções religiosas. As primeiras igrejas seguem o plano das basílicas pagãs. Há variações mínimas, como a separação entre o altar utilizado pelo clero e o corpo principal da igreja, destinado a receber a comunidade de fiéis. A partir do século VI, em Ravenna principalmente, predominam as igrejas dotadas de cúpula; Santa Sofia (Hagia Sophia), em Istambul, é o melhor exemplo da arquitetura bizantina. A igreja, depois transformada em mesquita, foi construída por ordem de Justiniano entre 532 e 537. Nela se evidenciam os princípios fundamentais da arquitetura bizantina: massa contra massa, espaço contra espaço, abóbada contra abóbada. Externamente, Santa Sofia mostra apenas tijolos despidos de qualquer decoração, que formam blocos geométricos.
Ao plano longitudinal de Santa Sofia sucede o cruciforme da igreja dos Apóstolos, com cinco cúpulas. Essa igreja, destruída em 1463, serviu de modelo às de São Marcos, em Veneza (1063-1085) e Saint-Front, no Périgueux (século XIII). Todas as igrejas posteriores, embora de dimensões mais modestas, possuem plano cruciforme e várias cúpulas. São ainda manifestações da arquitetura bizantina no Ocidente a igreja palatina de Carlos Magno em Aix-la-Chapelle, a igreja de São Cataldo e a capela palatina de Palermo.





Postado por: Raphaela Sbampato
(pelo meu e-mail não consegui acessar agora, a senha dá errado, e por isso postei com o e-mail da sala, que o Fabrício nomeou-se, quando ele acessou.)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O percurso da imagem no Renascimento


Foi o período para identificar a História da Europa, ocorreu aproximadamente entre 1300 e 1650. Reviveu a cultura Greco-Romana, além de viver por muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências.
Tinha como fundamento a ressurreição consciente do passado. Daí o termo Re-nascimento, que se dava pela valorização do humanismo e da natureza; contra o divino e ao sobrenatural, vivido por períodos passados.
Entre meados do século XV e por todo o século XVI, o renascentismo surge na Europa, com seu berço mais precisamente na Itália, pelas grandes riquezas provenientes do comércio. Mas não se limitou a Itália. O renascentismo se espalhou por toda a Europa e tem como características básicas a valorização da cultura greco-romana, uma visão completa e perfeita da natureza, além da idealização do corpo humano realista. O racionalismo surge defendendo as qualidades da inteligência e conhecimento e o dom artístico como parte evolutiva da sociedade. A imagem teocêntrica da sociedade se desfaz e o lugar de Deus no centro é ocupado pelo homem como ser principal personagem da história. O homem renascentista inicia uma busca pelas pesquisas e métodos de experimentação. Por fim, havia a pratica do hedonismo, que era exatamente a valorização dos prazeres humanos. 

O homem vitruviano de Leonardo da Vinci sintetiza o ideário renascentista: humanista e clássico.


História da pintura

A historia da pintura renascentista é muito interessante pois há de fato uma ruptura com os padrões estéticos e suas inspirações da arte até o momento de transição. As principais características são:
A perspectiva: a arte das proporções perante os princípios da matemática e da física, moldaram um novo olhar sobre o quadro que manifestariaa arte e a sua evolução.
Uso do claro-escuro: técnica para desenvolver a profundidade e a sugestão dos volumes de corpos. Ideal para contrastes.
Realismo: tem a pintura como realidade socialmente vivida e construída, assim como tem que ser.
Uso da tinta óleo e da tela.
Manifestações independentes da cultura.
Manifestações independentes das pinturas.
Surgimentos dos artistas com estilo pessoal, diferente pelo espirito de liberdade, e consequentemente, seguem ao individualismo.
Como o Renascimento Italiano se espalhou pela Europa, trouxe novos artistas que nacionalizaram as ideias italianas... Em ordem alfabética, os alguns dos pintores foram:
  • Albrecht Altdorfer, alemão (1480-1538)
  • Andrea delVerrocchio (1435-1488, pintor e escultor)
  • Andrea Mantegna (1431-1506, pintor e escultor)
  • Antonello da Messina
  • BenosoGozzoli
  • Bernardino Luini
  • Carlo Crivelli
  • Corregio
  • CosimoTura
  • DirkBouts
  • El Greco (1541-1614)
  • Hans Holbein
  • Hans Memling
  • Irmãos Limbourg
  • Juan de Flandres
  • Leonardo Da Vinci
  • Lorenzo diCredi
  • Luca Signorelli
  • Lucas Cranach
  • Mabuse
  • Masaccio (1401-1428, pintor)
  • Michelangelo Buonarroti (1475-1564, pintor e escultor)
  • Paul Brill
  • Perugino
  • Piero della Francesca (1420?-1492) (As Dez Mais)

Os principais pintores são:

Botticelli                           
      
            Os temas dos seus quadros eram expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus. Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.





Leonardo da Vinci

    Foi um grande desenvolvedor da técnica de luz e sombra, além da perspectiva, geradora de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa. 


Esse quadro da Monalisa ficou tão famoso pela novidade das suas formas, que vários pintores e criadoresfamosos fizeram uma releitura da obra de Da Vinci. Alguns exemplos seguem:

                                                         Botero e sua Monalisa obesa.

                                                                Duchamp- bigodinho. 


                                                     Basquiat e Monalisa atualizada.
 
Michelângelo 
 Se dedicou a pintura da capela sistina. Obra fantástica retratando o antigo pensamento e suas ideologias. Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família.



Rafael
     
     Pintor com simetrias equilibradas e atrativo do observador. Foi considerado grande pintor de “Madonas”. Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.





Giotto

       Um dos precursores do Renascimento, ele deixa claro em sua obra a simplicidade, precisão e fidelidade à natureza.


Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artística que melhor representa o renascimento, no sentido humanista. Destacam-se as figuras humanas, que até então estavam relegadas a segundo plano, acopladas às paredes. No renascimento a escultura ganha independência e a obra, colocada acima de uma base, pode ser apreciada de todos os ângulos. A expressão corporal garante o equilíbrio, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas; e as expressões das figuras refletem seus sentimentos. 
Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser utilizado refletindo o naturalismo.
Os Renascentistas inspiraram-se nos clássicos (gregos e romanos), logo a escultura renascentista define-se como a forma perfeita do homem perfeito, a proporção ideal o quase endeusamento da forma humana. 
A escultura renascentista deu ênfase à importância do homem e suas atividades. Os escultores ficaram conhecidos por seus relevos e pelas ornamentações de púlpitos.

Principais Características

- Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade        
- Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade      
- Profundidade e perspectiva
- Estudo do corpo e do caráter humano (nu artístico e retrato)       
- Temática mitológica
- O homem é o personagem principal (antropocentrismo)   

A escultura foi a arte em que primeiro observou-se a nova estética, tornando-se uma das artes mais representativas do Renascimento. A escultura italiana, uma das mais importantes, expressou uma reação contra os princípios estéticos góticos, deixando transparecer a influência da arte na Antiguidade Clássica, ou seja, do humanismo e racionalismo. O estilo fundia elementos naturalistas e idealistas. O ínicio oficial dessa arte surgiu em Florença, entre 1401 e 1408. Nos séculos XIV e XV, cresceu a admiração pelos clássicos e o culto ao ser humano.

As figuras, até então meros elementos decorativos da arquitetura, adquirem aos poucos, total independência. Já desvinculadas da parede, são colocadas em um nicho, para finalmente mostrarem-se livres, apoiadas numa base que permite sua observação de todos os ângulos possíveis.
O estudo das posturas corporais traz esculturas que se sustentam sobre as próprias pernas, num equilíbrio perfeito, graças à posição das pernas ambas abertas ou do contrapostto (peso concentrado numa das pernas e resto do corpo em relaxamento, ligeiramente virado para um lado). As vestes reduzem-se à expressão mínima, e suas pregas são utilizadas apenas para acentuar o dinamismo, revelando uma figura humana de músculos levemente torneados e de proporções perfeitas.
No auge da escultura renascentista, contudo, são observadas as obras de Michelangelo, que utilizou enormes blocos de mármore e deixou obras de grande porte e beleza. Expressava pensamentos em suas esculturas, buscando efeitos vigorosos na emoção e alcançando grande vitalidade em seus trabalhos. Estudou a figura humana com empenho, nas formas mais diversas de expressão, posição e atitude.







Tanto Donatello quanto Michelangelo esculpiram a figura de Davi.  O Davi de Donatello é feito de bronze e considerado o primeiro nu artístico com notável inspiração helênica.  Enquanto o Davi de Michelangelo foi elaborado em mármore com grande inspiração helenística.

Davi de Michelangelo   








Aqui podemos perceber claramente a influência grega na escultura renascentista - tanto a posição de Davi quanto a idealização da beleza e serenidade. Perceba como uma das pernas está apoiando o peso do corpo, equilibrando o eixo central para que a figura fique relaxada... isso se chama contraposto e foi muito utilizado nas esculturas clássicas.

Davi de Donatello         


Outro gênero dentro da escultura que também acaba sendo beneficiado pela aplicação dos conhecimentos da perspectiva é o baixo-relevo (escultura sobre o plano). Empregando uma técnica denominada schiacciato, Donatello posiciona suas figuras a distâncias precisas, de tal maneira que elas parecem vir de um espaço interno para a superfície, proporcionando uma ilusão de distância, algo inédito até então.  Donatello foi um grande escultor, que introduziu o humanismo, precedendo o naturalismo e a glorificação do nu.

Madalena de Donatello             

Essa escultura em madeira retrata Madalena no fim de seus dias: velha, com rugas e os cabelos secos e expressão cansada mas com fé. Aí percebe-se um pouco da quebra da idealização da beleza - Donatello quis fazer uma escultura não idealizada e de acordo com o real. Diz-se que quando Donatello terminou esta escultura, falou à estátua: "Fale, fale ou morrerás de peste!", de tão expressiva que ficou.


São João Evangelista de Donatello







Arquitetura

Caracterizou-se por ter sido um momento de ruptura em sua historia em três pontos: na produção, linguagem e na teorização.
Foi o conflito em que buscou uma nova atitude dos arquitetos da época em relação a sua arte, e acima de tudo, inovando para um estilo pessoal.
Dividiu-se em dois grandes marcos; primeiro no século XIVe inicio do XV, que se destaca pelo pintor,escultor e arquiteto Filippo Brunelleschi. Dominava a Matematica e era um grande conhecedor da poesia de Dante.Conhecido por sua arquitetura classicista, um dos seus mais importantes trabalhos foi cúpula da Catedral de Florença e a Capela Pazzi.











O segundo marco foi no século XVI, caracterizado por idéias individuais dos arquitetos.
Tais arquitetos como:

Andrea di Pietro della Gondola  
 Abordava as ordens arquitetônicas, a edificação doméstica e pública, o urbanismo e a construção sacra, e considerava o modelo antigo indispensável para a formação de uma verdadeira civilização, mas não obstava a criação original a partir dele. Dizia que "não é vedado ao arquiteto afastar-se algumas vezes do uso comum, pois tais variações são graciosas, e se baseiam na natureza".Sua principal obra foi:

                               Villa Capra dita La Rotonda, a mais famosa construção de Palladio

                   Projeto original da Villa Capra, inspirada no modelo do templo centralizado

Giulio Pippi
Pintor e arquiteto italiano.Suas obras foi:
                                                                     Palazzo del té
 Dentre desde palácio esta outras de suas obras.

Assim, percebemos que suas caracteristicas eram:
• Ordens Arquitetônicas
• Arcos de Volta-Perfeita
• Simplicidade na construção
• A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
• Construções; palácios, igrejas, vilas , fortalezas.

Tinham como aspecto uma visão de mundo baseados no Classicismo e o Humanismo.Porém é fundamentada em valores e habitos medievais que por trás da arte tem-se plena consciencia da produção artistica da Idade Média,em enfase o estilo gotico.
 























sexta-feira, 21 de setembro de 2012

A arte no Império Romano

O Império romano é um estado desenvolvido a partir da Península Itálica durante o período pós-republicano da antiga civilização romana caracterizado por um governo autocrático e de grandes propriedades territoriais na Europa. Desde a sua criação o império romano se tornou um local admirável e fabuloso, pelas suas histórias e imagens marcantes que fazem dele um palco de historiadores.
Uma das mais notáveis obras de engenharia clássica, o Coliseu de Roma, mandado erguer por Vespasiano, serviu para vários espetáculos, inclusive dramatizações de batalhas navais
O Coliseu é uma das mais importantes engenharias do império, o que chama a atenção é a forma circular, que parece inacabada mais que da um charme a quem vê.

O Maison Carrée, na cidade galo-romana de Nemausus (atual Nîmes), é um dos mais bem conservados vestígios do Império Romano.
Fruto de uma engenharia perfeita do Império Romano, o monumento Maison Carrée foi lugar de grande comércio e da Igreja no início do Império. A imagem nos fascina pela escultura feita de forma retangular, da elegância das colunas e suas decorações.

Acompanhe o vídeo e conheça um pouco mais sobre a arquitetura do Império Romano.


A Cultura


A formação cultural dos romanos foi influenciada por diversas culturas. Seguiu os modelos e elementos artísticos da Grécia Antiga, como os estilos dórico, jônico, e coríntio, e dos Etruscos como o arco e a abóbada.
Os estilos Dórico, Jônico e Coríntio.


No entanto, é equivocado afirmar que a arte romana foi uma mera cópia. Podemos citar elementos que a cultura romana incorporou como a ideia de energia, realismo e força.

O mosaico e a pintura estavam presentes na decoração das casas e palácios da época, elas eram construídas a partir de temas mitológicos e paisagens com animais e pessoas, a arte estava muito presente na vida dos romanos.

Na arte do mosaico os romanos eram muitos habilidosos, dominavam com perfeição a composição e o uso de cores fortes, usando temas abstratos e figurativos, os mosaicos foram muito utilizados em casas e palácios graças a seu tempo de durabilidade.



Os baixos relevos e as esculturas romanas eram realistas, representavam traços dos cidadãos romanos, diferentemente do ideal de beleza da arte grega, os relevos contavam fatos históricos e campanhas militares. 


Selo romano
A Batalha de Áccio, por Lorenzo A. Castro, (1672)
Grande parte da pintura romana provém das cidades de Pompeia e Herculano. Ambas as cidades foram soterradas pela erupção do vulcão Vesúvio, e foram descobertas no século XVIII. Nas cidades foram encontradas diversas pinturas ornamentando os palácios reproduzindo paisagens, fauna, flora e se destacavam pela riqueza de detalhes. Uma das características marcantes da pintura Romana era que, apesar de ter a influência dos gregos (onde apreciavam o nu atlético), consideravam o rosto e as expressões faciais os elementos mais importantes, deixando de lado o ideal de beleza.

As duas obras abaixo foram encontrada em escavações de Pompeia.





Estilos de pintura


Afresco

Afresco é um estilo de pintura utilizada por gregos e romanos, na qual o artista aplicava pigmentos puros diluídos somente em água sobre uma base de gesso ou nata de cal ainda úmida, suportadas por paredes ou muros.



Cantaria

O estilo de pintura cantaria ou incrustação é uma técnica de pintura romana onde se aplicava cores vivas sobre reboco, em áreas quadrangulares em relevo, muito utilizadas no interior das casas romanas.



Arquitetônico

No estilo chamando arquitetônico surgem padrões mais detalhados e minuciosos, onde o estilo abstrato fica de lado e são ressaltados paisagens urbanas e jardins, com uma riqueza de detalhes e cores.



Ornamental

No estilo ornamental a uma evolução do estilo arquitetônico com as mesmas riquezas, porém um estilo mais livre e leve onde a reafirmação da figura humana, evoluindo os estilos de pinturas romanas anteriores aperfeiçoaram características genéricas dos antigos estilos e passaram a utilizar uma tendência para o uso de cores mais quentes e vivas, e um maior requinte, variedade e liberdade nas ornamentações. 



Além de darem mais vidas as pinturas utilizando de técnicas como o uso intensivo de tracejado para obter as sombras e os volumes, se aproximando de efeitos.