quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Arte da Imortalidade

O Egito começou e prosperou em torno do rio Nilo. Isolado e sem influências criou uma cultura própria tornando-se uma das civilizações mais ricas e misteriosas da antiguidade.
 
Rio Nilo

 
Os egípcios antigos eram muito ligados à religião e dessa forma, sua arte era influenciada pela concepção espiritual. A crença na vida após a morte, por exemplo, foi um dos fatores que levaram os egípcios na construção de tumbas, estátuas e até mesmo na arte da mumificação. 

Mumificação


Grandes pirâmides foram construídas como um modo de garantir uma vida após a morte, principalmente aos reis. Os famosos sarcófagos. Esses grandes monumentos foram frutos de vários estudos matemáticos, geográficos e técnicos, até então desconhecidos. As pirâmides de Gizé, que foram construídas no Antigo Egito, são consideradas a primeira maravilha do mundo.


 Pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfren, Miquerinos


O médio Egito tem como obras mais importantes a que foi feita em homenagem a Senuseret III, que foi o quinto faraó da XII dinastia, cujo reinado marcou o apogeu desse império.

Senuseret III


Outra obra importante foi feita em homenagem a Amenemhat III, sexto rei da XII dinastia do antigo Egito que era considerado como um dos soberanos mais importantes do império médio.

Amenenhat III


O novo Egito tem como obra importante o templo de Hatchepsut da rainha governante do mesmo período.

Templo de Hatchepsut


Uma arte muito conhecida e que retrata o gosto egípcio (monumentos de grande escala) é a esfinge com quase 20 metros de altura. 

 Corpo de leão, cabeça e busco de mulher


A novidade não era muito bem aceita na arte egípcia, isso explica o porquê de não haver grandes mudanças ao decorrer do tempo. A ideia principal era captar a essência do objeto a ser retratando sem ser necessário ser fiel a realidade. Essa era a intenção dos egípcios não confundir a realidade com a representação. As pinturas eram constantemente voltadas a um registro das atividades desenvolvidas pela população, de modo que servia para repassas as crenças para as próximas gerações. O colorido foi um ponto vital nas obras, além da lei da frontalidade: cabeças e pés de perfil,  ombros e tronco de frente, olhos frontais (que mostrassem expressividade), braços e pernas por inteiro, de perfil.
 
Lei da Frontalidade



Uma das pinturas mais famosas e mais antigas da época são os "Gansos de Medum" que são três aves majestosas (que foram pintadas na tumba do primeiro faraó da IV Disnatia)  representando a vitalidade de todas os grandes monumentos que estavam por vir.
  
Gansos de Medum



Um artista egípcio, Tutmés, foi o escultor favorito do reino de Akenaton. Ele quebrou um pouco o "pacto" tradicional da época e fez um desenho naturalista da rainha, tirando a carga "pesada" das artes do Egito, dando mais descrição a sua representação. Após a morte de Akenaton, o filho Tutankamon escolheu não seguir a herança do pai e voltou a "normalidade" artística. Porém ao morrer deixou um grande legado da cultura, já que sua tumba foi a mais intacta encontrada.

Nefertiti, rainha e esposa de Akenaton


Uma forma de se expressarem através da escrita foi com os hierogrifos do grego (hierós) "sagrado" e (glýphein) "escrita". Apenas a realeza tinham o dom da escrita e da leitura. Essa forma de escrita através de símbolos/desenhos foi utilizada por milhares de anos e foi um dos sistemas mais antigos e organizados de escrita do mundo.

Hierogrifos


 

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